Era uma vez um incêndio na Floresta. Todos os animais fugiam desesperados. Um beija-flor fazia um caminho diferente. Ele pegava com o bico gota por gota da água de um lago e jogava sobre o fogo. Um tatu, ao ver aquele cena, perguntou intrigado:
- Beija-flor, você acha mesmo que pode apagar um incêndio?
- Tenho certeza que não – respondeu o pequeno pássaro – mas eu faço a minha parte.
Certamente, todos nós temos um “tatu” e um “beija-flor” internamente. A diferença entre uns e outros é a qual deles damos ouvidos, qual deles priorizamos. Será que, na maioria das vezes, somos como o tatu que deixa de fazer sua parte e age em benefício próprio? Ou também somos como o beija-flor, que mesmo consciente de sua incapacidade para resolver todo o problema se dispõe a fazer o que lhe é possível em benefício da coletividade?
Que o beija-flor que habita o interior de cada um de nós possa nos inspirar a continuar lutando mesmo quando a batalha pareça perdida, a continuar esperando mesmo contra toda esperança e a continuar acreditando que, mesmo que seja de gota em gota, estamos contribuindo para apagar o incêndio. Certamente o conjunto de pequenas ações serão fundamentais para as grandes mudanças. E como cantou o grande mestre Raul Seixas: "Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!"
Que a Paz prevaleça. E que as boas notícias ecoem pelo Universo e encontrem ressonância em todos os seres.