terça-feira, 4 de setembro de 2007

Quimeras Caóticas I

À beira de um lago, onde estou sentado para descansar da longa jornada da manhã, avisto no horizonte um vulto incógnito. Aproxima-se rapidamente, e a vaga figura revela-se um cavaleiro montado sobre um imponente cavalo negro. O homem veste uma armadura de ouro reluzente, tendo como insígnia um pentagrama limitado por uma circunferência. Encaro-o com uma curiosidade receosa tão logo o cavaleiro e seu cavalo se detêm diante de mim. Sem apear do animal, o paladino observa-me profundamente e rompe seu silêncio:

- Recomendo-te que te concentres nos aspectos práticos e na viabilidade de tuas idéias. Planeja teu futuro, fixando prioridades e estabelecendo metas para atingir teus propósitos. Sê prudente, firme, seguro e otimista. Reconheço tua qualidade de assumir responsabilidades e, por isso, concedo-te a confiança, que te fará capaz de superar os obstáculos.

Finaliza seu breve discurso com um leve aceno de cabeça, ao qual intuitivamente respondo da mesma forma. Com um ágil movimento de arreios, o misterioso homem põe seu cavalo negro em marcha, retornando para sua origem desconhecida. Acompanho-o com a vista, até que um último lampejo, reflexo de sua armadura dourada sob o sol, desaparece no mesmo horizonte que o fez surgir.

(Brunno, 04/09/2007)

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